A Reabilitação de Edifícios Históricos trata-se de um serviço que intervém neste género de património, com o propósito de recuperar imóveis com características arquitetónicas e valor de excelência. Tendo em conta a sensibilidade do tema em torno da preservação e restauro destas construções clássicas, a KINETIKA hoje fala-lhe um pouco sobre como este processo decorre.
Qual a Importância da Reabilitação de Edifícios Históricos?
Atualmente a questão da preservação, restauro e salvaguarda de diversos patrimónios arquitetónicos e urbanísticos, são assuntos sensíveis e cada vez mais valorizados. As ações de intervenção em patrimónios construídos através da sua reabilitação, estão a ganhar cada vez mais relevância particularmente nos meios urbanos.
A reabilitação de edifícios assume um papel de importância, para promover a valorização e dignificação de edifícios com características arquitetónicas e valor patrimonial, que se classificam como exemplos de excelência. É nas zonas urbanas, em particular, que esta intervenção ganha importância.
Tendo em conta o facto de que as cidades podem ter evoluído com a construção de novos edifícios, no entanto, a degradação do parque habitacional é ainda significativa nestes locais. É cada vez mais atrativa a ideia de reabilitar um edifício histórico mantendo as suas características clássicas, ao mesmo tempo que o espaço é transformado num local mais contemporâneo.
Há ainda outras vantagens aliadas a este género de intervenção, a edifícios de estrutura clássica. Além dos valores históricos e arquitetónicos em questão, este serviço apresenta-se como um forte aliado da sustentabilidade na área da construção. É emitida uma maior quantidade de CO2 numa demolição de um imóvel em comparação com uma intervenção de reabilitação.
Como se processa um Projeto de Reabilitação de um Edifício Antigo?
Numa primeira fase, a equipa multidisciplinar, de Arquitetura e de Engenharia, que irá intervir na obra em questão faz um reconhecimento dos valores do edifício histórico, para assegurar a preservação do seu valor arquitetónico, da sua estrutura resistente e de outros elementos importantes a manter ou a intervir. Durante um processo de análise são decididos quais os elementos da obra que serão mantidos ou alterados. Falamos de elementos pré-existentes tais como materiais, divisórias, estruturas ou cores.
As escolhas da equipa, visam assegurar a coerência entre o edifício atual e o seu novo propósito ou uso. Aqui o objetivo, será o de tirar o máximo partido dos elementos já existentes e averiguar de que forma o novo projeto se poderá adaptar ao imóvel existente.
Pode-se dizer que de certa forma a preservação de edifícios clássicos ajuda a conservar a história, ao mesmo tempo que lhe dá uma nova continuidade.
O novo regime aplicável à reabilitação de edifícios
De acordo com o Dec.Lei n. 95/2019, os princípios fundamentais da reabilitação, pelos quais nos devemos reger, serão:
A atuação sobre o edificado existente deve sempre integrar a preocupação de uma adequada preservação e valorização da preexistência, bem como a sua conjugação com a melhoria do desempenho, que deve sempre orientar qualquer intervenção de reabilitação.
A proteção e valorização das construções existentes assenta no reconhecimento dos seus valores Artísticos ou estéticos; Científicos ou tecnológicos; e socioculturais.
Os valores a que se refere o presente artigo assumem particular expressão no edificado corrente através das características arquitetónicas, construtivas e espaciais, que se refletem na sua singularidade e expressão de conjunto, na coerência construtiva e funcional, na adequação aos modos de vida, bem como no seu reconhecimento pela comunidade.
A atividade de reabilitação deve ser orientada para a minimização do seu impacto ambiental, assumindo o desígnio da preservação dos recursos naturais e da biodiversidade, com particular incidência na redução da extração e processamento de matérias-primas, produção de resíduos e emissão de gases nocivos.
A reabilitação de edifícios contribui para a sustentabilidade ambiental através do aumento da vida útil dos edifícios e deve privilegiar a reutilização de componentes da construção, a utilização de materiais reciclados, a redução da produção de resíduos, a utilização de materiais com reduzido impacto ambiental, a redução de emissão de gases com efeito estufa, a melhoria da eficiência energética e a redução das necessidades de energia, incluindo a energia incorporada na própria construção, bem como o aproveitamento de fontes de energia renováveis.
No fim da vida útil de componentes ou partes da construção, esgotadas as soluções de manutenção e reabilitação, devem ser privilegiadas ações de desconstrução ou desmontagem, de modo a responder aos objetivos previstos no número anterior, em detrimento da demolição, ainda que seletiva.
A melhoria da qualidade de vida e da habitabilidade deve estar subjacente a todas as intervenções no edificado existente, sendo alcançada de forma gradual e proporcional à natureza da intervenção a realizar, devendo adotar-se as medidas mais adequadas que são tanto mais profundas quanto maior for a intervenção.