Nos dias de hoje, além do conforto e estética dos edifícios, é necessário ter consciência ambiental e apostar em fontes de energia renováveis e em técnicas e métodos amigos do ambiente.
O Portal da Construção Sustentável, lançado em 2010, é um projeto cujo objetivo é informar indivíduos e profissionais da construção sobre a construção sustentável.
O que é construção sustentável?
A construção sustentável é um novo conceito de construção, manutenção e desmantelamento de edifícios que pede:
● matérias-primas e processos eficientes,
● otimização de recursos,
● análise dos impactos no meio ambiente, na comunidade e no mundo.
No fundo, este modelo foca-se em dar resposta às necessidades dos indivíduos sem colocar em causa futuras gerações. Para isso, é necessário estar atento a três fatores:
● análise da localização e posicionamento da construção;
● otimização de recursos naturais;
● respeito pelos princípios ambientais;
Quais são, então, os seus desafios?
Os desafios da construção sustentável
Em Portugal, 55% do consumo de energia nos edifícios em Portugal vem de energia elétrica, em contraste com uma média de 32% no resto da Europa.
Neste gasto energético, corresponde a 1/5 da energia consumida, parte das energias fósseis, sendo que mais de metade do consumo interno bruto de energia é importado.
De acordo com a DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia, 50% do consumo de energia atribuído ao setor dos edifícios poderia ser reduzido a metade, significando uma diminuição da emissão de 400 mil toneladas de CO2 por ano.
Recursos utilizados na construção
Cerca de 30% a 50% da utilização total de materiais na Europa é dedicada à construção de habitações.
Estes consistem, principalmente, em ferro, alumínio, cobre, argila, areia, cascalho, calcário, madeira e pedra.
Nos últimos 30 anos, a procura de areia aumentou 360%, o que significa que extraímos mais areia do que a terra consegue produzir.
Isto significa que está a tornar-se urgente otimizar a eficiência energética das novas construções e favorecer materiais saudáveis e ecológicos.
A construção sustentável apresenta-se como a solução ideal.
As vantagens da construção sustentável
Este modelo pretende beneficiar os utilizadores dos edifícios, através da melhoria da qualidade do ar interior, o isolamento acústico e térmico, e da redução das faturas de eletricidade.
Além disso, pretende desenvolver designs focados no uso de energias renováveis, conservação de recursos, uso de materiais locais, renováveis, recicláveis e de origem biológica.
Mais exatamente, ele permite:
● Assegurar a qualidade de vida dos ocupantes
● Limitar o impacto do edifício no ambiente
● Garantir um desempenho energético ótimo
● Ter em conta todo o ciclo de vida dos edifícios
● Preservar os recursos naturais utilizando materiais recicláveis
● Integrar fontes de energia renováveis na conceção do edifício
● Otimizar a inércia térmica das estruturas
Resumindo, a construção sustentável garante dois fatores: o conforto dos ocupantes dos edifícios e adaptar as construções ao seu ambiente com base na arquitetura climática.
Regras básicas da arquitetura bioclimática
A arquitetura bioclimática consiste sobretudo na integração e adaptação da construção ao ambiente circundante e não o contrário.
Esta pretende:
● Ter em conta fatores ambientais como o clima, a orientação, a exposição aos ventos dominantes;
● Maximizar os ganhos solares passivos;
● Evitar o sobreaquecimento no verão, instalando sombreamentos, persianas ajustáveis, aproveitando a vegetação do ambiente circundante;
● Dar preferência a volumetrias compactas
● Dar prioridade máxima à iluminação natural
● Aprovisionar vãos em paredes opostas de modo a promover a ventilação cruzada
Portugal dispõe já de um conjunto de instrumentos e medidas que visam promover a construção ecológica. Um esforço conjunto beneficiará todos, através de:
● Um ar interior saudável (através do uso de materiais não tóxicos, renovação do ar)
● Conforto térmico e acústico (graças a um bom isolamento)
● Uma fatura de eletricidade reduzida (através da eficiência energética)
● Redução do impacto ambiental (pela utilização de materiais locais, baixa energia incorporada, conservação de recursos, utilização de energias renováveis, e integração da habitação no seu ambiente)
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